Festa de Corpos Christi, em Santa Maria de Marechal. Cerca de 500
metros de tapetes de flores foram confeccionados em volta da Igreja de
São José.
A montagem do tapete florido foi iniciada na tarde de quarta-feira
(02) e concluída nesta madrugada. Pelo menos 500 pessoas, moradoras do
distrito, na maioria descendente de imigrantes alemães e italianos,
trabalharam debaixo de chuva fina e enfrentaram baixa temperatura.
Sobre o tapete, principal atrativo das comemorações de Corpus
Christi, passam os celebrantes da procissão que acontece após uma missa
na capela de São José, no centro da localidade a partir das 10 horas.
Mais de três mil pessoas deverão participar da tradicional comemoração
promovida pelos católicos desde.
De acordo com a coordenadora católica da capela de São José, Odete
Luduvico, a tradição foi mais uma vez mantida e apesar do tempo chuvoso
os moradores compareceram para montar o tapete, uma realização que se
repete há oito décadas.
“Hoje teremos comidas típicas, churrasco e comercialização de
produtos da terra”, afirma contente a coordenadora ao informar que o
tapete, uma tradição da Festa de Corpus Christi, aborda o tema da
Campanha da Fraternidade 2010 “Economia e Vida”, com a temática própria
“Celebrando 80 anos o banquete da vida”.
A religiosidade, ligada diretamente ao catolicismo, segundo a
coordenadora é o principal foco da realização. “A comunidade iniciou
esta festa incentivada pelo então pároco de Santa Isabel, Rodolfo
Kiwgehneier e uma minoria de famílias que aqui morava. Mas havia
entusiasmo como agora e também fé em Cristo”.
Quando foi iniciada a Festa de Corpus Christi, conforme documentos, o
presidente era o agricultor Felipe Krohling. “Ele e as outras famílias
assumiram com firmeza e amor porque viram que por meio da força da
Eucaristia cresceriam. Á ele se juntaram os Krohling, Lippaus, Cristo,
Ludwig, Thomas, Souza, Klein, Gilles, Stein, Stockl, Lube, Huber e
outros”.
Moradora há menos de cinco anos na região, a médica Guadalupe
Guerrero, afirma que está perfeitamente integrada à comunidade de Santa
Maria de Marechal. “Trabalhamos com os moradores da terceira idade.
Estão todos incluídos nesta batalha que se chama Corpus Christi. O
evento também me faz amar esta localidade, as pessoas, o dia a dia e,
sobretudo o respeito, fé em Deus e a amizade”.
O agricultor César Huber, disse que nasceu em Santa Maria e enquanto
tiver forças trabalhará pela comunidade católica na promoção das festas e
colaboração de formas gerais. “Fazemos como todas as famílias.
Colocamos a fé em Deus, o respeito e o trabalho sempre à frente”.
Postar um comentário